terça-feira, 29 de maio de 2007

Hora do parto

Entre os peixes ovovivíparos (aqueles que os filhotes já saem formados da barriga da mãe) se não separarmos a fêmea no momento do parto, pode acontecer de todos os recém-nascidos serem devorados pelos pais e pelos demais “companheiros” do aquário. Por outro lado, se deixarmos a fêmea no aquário-maternidade por muito tempo antes do parto, ela pode se machucar, se estressar e até morrer. Para evitar que isso aconteça, é preciso ficar atento para a proximidade do nascimento dos filhotes, o que pode ser percebido através de alguns pequenos detalhes. Um deles é o tamanho da barriga do peixe. Como ele pode ser mascarado pelo conteúdo do estômago, deve-se observar a fêmea antes de se fornecer os alimentos. Uma curiosidade interessante é que, conforme o abdômen vai se dilatando - devido ao desenvolvimento dos embriões -, os tecidos daquelas partes mais próximas ao ânus ficam mais translúcidos, permitindo a visualização dos olhos dos peixes. Com o decorrer da gestação, os olhos se tornam ainda mais detalhados, ficando pigmentados como os olhos dos adultos. Isso acontece poucos dias antes do nascimento dos filhotes. Um outro sinal de que a hora do parto está chegando relaciona-se ao formato do abdômen que também se modifica. Ele passa a ficar mais voltado para a parte posterior em função da acomodação dos filhotes para o nascimento. O tempo de gestação dos peixes varia conforme a espécie e a temperatura. Mas, em média, gira em torno de um mês, podendo acontecer de haver uma cria a cada 30 dias. Para evitar o estresse, é recomendável que se coloque a fêmea em um aquário bem plantado dias antes do parto. Com isso, tem-se a garantia de um parto tranqüilo e uma boa taxa de sobrevivência dos filhotes.

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